Em janeiro, bem antes do lançamento de Assassin’s Creed Shadows, o portal parceiro JeuxVideo entrevistou Simon Lemay-Comtois, diretor associado de jogo do novo título da Ubisoft que chegou ao mercado no último dia 20 de março. Durante a entrevista, a equipe do JeuxVideo perguntou a Lemay-Comtois como os times de desenvolvimento tentaram criar ideias para apimentar a jogabilidade e trazer uma dimensão um pouco mais tática em termos de exploração e infiltração.
Adeus aves, olá infiltração
Quando jogamos títulos da série Assassin’s Creed por alguns anos, os reflexos retornam rapidamente, como voar sobre certas áreas com a ajuda de seu companheiro alado para, de certa forma, planejar suas sequências de infiltração. Comtois reconhece que é “uma coisa bem estabelecida dentro da franquia (…) servir como um olheiro e marcar tudo o que pode ser destacado”. No entanto, para marcar uma espécie de renovação, um passo à frente, “decidimos não fazê-lo em Shadows, foi uma escolha deliberada”, disse o diretor.
Além de se perguntar se deveria ou não remover essa “coisa que funciona muito, muito bem”, era necessário encontrar algo para preencher essa lacuna. Simon Lemay-Comtois, por outro lado, faz questão de enfatizar que essa decisão de remover a ave de suporte não é uma forma de menosprezar títulos anteriores e também “não é um insulto aos jogos que usaram [a mecânica] antes de nós [ou seja, antes de Assassin’s Creed Shadows]”. Segundo ele, era preciso encontrar uma ideia para colocar em prática “algo muito mais tático a cada momento”.
Eles queriam um elemento “que desse uma infiltração que dependesse menos do planejamento de longo prazo”. A partir daí, Lemay-Comtois explicou na entrevista ao JV que “o fato de retirar o pássaro e tirar o alcance que ele dava, como um ser onisciente, nos permitiu construir outra coisa”. Neste caso, como vimos durante na prática em AC Shadows, os dois heróis confiam principalmente em sua própria observação (o que lhes permite marcar os inimigos). A sutileza é que Naoe tem “visão de águia”, o que lhe permite sentir a presença de inimigos próximos.
No game, a “eagle vision” se materializa como uma silhueta vermelha, aparecendo dentro de um perímetro razoável. Menos em antecipação e planejamento, a infiltração com Naoe é baseada mais em múltiplas perguntas que condicionam a sequência de etapas da nossa jornada: “Que arma eu tenho no momento? O que tenho na minha frente? Que escolha eu faço? É sempre uma nova escolha interessante, a cada minuto, a cada 30 segundos”, finalizou Comtois.
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Créditos Autor: Viny Mathias
Créditos Imagens: Reprodução Internet
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