Talvez você já tenha se deparado com uma imagem de um axolote na internet nos últimos anos. Essa pequena e simpática salamandra se tornou um fenômeno na internet desde a sua introdução no Minecraft em 2021, mas essa popularidade repentina não veio sem um impacto ambiental.
Os axolotes (Ambystoma mexicanum) são anfíbios originários do México e trazem grande tradição do país por mitologia ancestral e por uma característica bem diferente desses animais. Segundo as lendas mexicanas, eles são a encarnação do deus asteca Xolotl, que guiava as almas ao submundo e que ao ser perseguido por outras entidades fugiu e se abrigou nas águas, assumindo a forma de um axolote.
Uma das “evidências” que reforçam a lenda é de que a capacidade regenerativa deles é extremamente alta, podendo recriar membros e órgãos inteiros, assim sendo conhecido como um animal imortal pela população local.
O animal está classificado como criticamente ameaçado de extinção desde 2019 e após sua popularização tem sido alvo de criação e venda ilegal em todo o mundo. São poucos os países que permitem ter a salamandra como animal de estimação, então o tráfico internacional se intensificou.
Seu habitat natural, os canais e lagos da região de Xochimilco, ao sul da Cidade do México, também vem sofrendo degradação oriunda de poluentes e urbanização desenfreada. Outros lagos que uma hora abrigavam os animais, como o lago Chignahuapan, hoje apresentam muitos predadores introduzidos pelo homem, que acabam por comer os ovos.
No Brasil é estritamente proibida a posse e criação dos axolotes, com fiscalização do Ibama e multa aplicável de até R$5 mil por animal apreendido.
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Créditos Autor: Bruno Renzi
Créditos Imagens: Reprodução Internet
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