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Doom: The Dark Ages brilha com ação intensa do começo ao fim, mas não é o melhor jogo da franquia

Desde o excelente reboot lançado em 2016, a franquia Doom voltou a figurar como um dos pilares fundamentais dos FPS e jogos de ação em primeira pessoa, graças à sua gameplay intensa, nível elevado de desafio e uma abordagem que premia a movimentação constante e abordagem agressiva. Em 2020, Doom Eternal elevou a série a um novo patamar de qualidade e ofereceu o melhor jogo da história da série até então, o que naturalmente gerou enorme expectativa para o aguardado Doom: The Dark Ages, que volta ao passado da franquia e serve como um elo de ligação entre a era clássica dos anos 1990 e a era moderna, iniciada com o reboot.

Em muitos aspectos, The Dark Ages cumpre o que promete e oferece mais um ótimo jogo, agora com uma abordagem um pouco mais lenta e com bem menos verticalidade que Doom: Eternal. Por outro lado, The Dark Ages traz uma série de mecânicas defensivas inéditas, com destaque para o versátil escudo de Slayer, o combate a bordo do gigantesco robô Atlan e até mesmo a possibilidade de voar e lutar controlando o dragão Serrat.

Esse conjunto de novidades torna Doom: The Dark Ages um título obrigatório não só para fãs da franquia, mas para todo fã de FPS e jogos de ação em geral. Ainda assim, The Dark Ages não apresenta uma campanha do mesmo nível de Doom: Eternal, com uma grande repetitividade de inimigos e objetivos a partir da segunda metade da campanha e, principalmente, um foco exagerado em uma história que não empolga em nenhum momento e marcada por personagens unidimensionais e desinteressantes. Isso não seria um problema se a iD Software optasse por um jogo em que a história é um mero pano de fundo, mas como esse não foi o caso, a narrativa se torna o maior defeito de um jogo que, mesmo com algumas falhas, ainda é um dos melhores FPSs da nova geração.

Tanque de guerra humano (ou quase humano)

com escudo, slayer se torna quase um tanque de guerra humano, se é que podemos chamar o protagonista de humano

Quando se fala em Doom, nada é mais importante do que a gameplay, e nisso Doom: The Dark Ages não decepciona e mantém o ótimo nível dos lançamentos mais recentes da franquia. Embora aposte numa abordagem claramente mais lenta que a de Eternal e mapas muito menos verticais, essas características para diferenciá-lo do jogo mais recente da série e se revela um grande acerto.

Na maior parte da campanha, controlamos Slayer do modo clássico, ou seja, o robô gigante Atlan e o dragão Serrat são usados apenas em capítulos pontuais do jogo. No controle do protagonista, passamos por diversos cenários, dentro e fora do inferno, e enfrentamos hordas de demônios, desde classes inferiores e que morrem ser oferecer qualquer perigo até demônios extremamente resistentes (muitos deles com armadura), ágeis, com dano elevado e que se revelam um verdadeiro desafio típico de Doom.

Grande novidade de The Dark Ages, o escudo de Slayer está longe de ser uma ferramenta meramente defensiva. Com uma série de melhorias a serem equipadas, a arma pode ser usada para quebrar escudos de demônios após eles superaquecerem, apara golpes de inimigos e, com algumas melhorias equipadas, podem até mesmo eletrocutar e paralisar inimigos quando aparamos um golpe, o que nos abre uma janela para causar dano massivo com uma das várias armas disponíveis em nosso arsenal. Se por um lado Slayer é mais lento que sua versão em Doom Eternal, por outro ele está mais resistente e letal do que nunca, cumprindo a promessa do diretor Hugo Martin e do produtor Marty Stratton de que o protagonista seria um verdadeiro tanque de guerra em The Dark Ages. O escudo é uma ferramenta fundamental de ataque e defesa, e a possibilidade de até mesmo rebater ataque específicos e matar inimigos no processo torna seu uso ainda mais divertido. Vale a ressalva de que ele também pode ser arremessado para ativar algumas plataformas, dispositivos e resolver alguns quebra-cabeças simples.

Uma arma para cada demônio

GAMEPLAY DE DOOM: THE DARK AGES É O PONTO ALTO DO JOGO

Outro ponto de enorme destaque, também mantendo algo já característico de Doom, é a grande versatilidade das armas, e aqui destaco o termo versatilidade em vez de variedade porque The Dark Ages se destaca muito mais pelas diferentes abordagens que elas oferecem do que por uma infinidade de opções, mas com efeitos similares, problema recorrente em jogos de tiro. Aqui, o jogador é incentivado a explorar armas que são mais adequadas a cada tipo de inimigo, seja pelo dano causado, alcance ou cadência de tiros.

Armas de dano elevado, como a Superescopeta, uma versão muito aprimorada da escopeta padrão com a qual começamos a campanha, causa dano elevado e é ideal para matar os inimigos de forma mais rápida, mas tem pouca munição e alcance reduzido. Ou seja, o ideal é usá-la para enfrentar inimigos mais poderosos e resistentes, enquanto armas com dano mais baixo, como a própria escopeta comum, deve ser usada para derrotar os demônios de classe inferior.

O lança-foguetes, que desbloqueamos somente num ponto mais avançado da campanha, foi minha arma preferida na segunda metade do jogo, devido ao seu alcance elevado e dano massivo, embora tenha uma cadência de tiros mais lenta e tenha pouca munição em relação a outras armas do jogo. Por isso, ela deve ser guardada para matar principalmente demônios com alta resistência e armadura. O lança-granadas, por outro lado, é ideal para causar dano em área e matar vários inimigos mais frágeis num único disparo. Na prática, todas as armas são úteis e premiam diferentes abordagens, e saber guardar a munição de suas armas mais fortes para os inimigos que realmente exigem alto poder de fogo é imprescindível, ao passo que armas com grande número de disparos, como a Disparadora, é ideal para matar hordas de inimigos mais frágeis.

uso versátil do armamento de slayer é fundamental para ter sucesso na campanha

Em várias das missões, Doom: The Dark Ages traz demônios líderes de hordas, que só podem sofrer dano após matarmos um grande número de monstros. Na dificuldade Ultraviolento, a que escolhi para zerar a campanha, este é um dos maiores desafios do jogo, pois é preciso, além de matar vários demônios poderosos, movimentar-se o tempo todo e manter distância do líder, que pode nos atacar livremente quando estamos em seu campo de visão.

Existem, ainda, versões mais poderosas de alguns demônios que, quando derrotadas, nos concedem um bônus de aumento de barra de vida, aumento do escudo ou de munição de uma arma específica, e essas melhorias se revelam fundamentais conforme nos aproximamos do fim do jogo, no qual enfrentar hordas em sequência é uma constante, ainda mais que na primeira metade do jogo.

Vale lembrar, ainda, que Slayer é letal na luta corpo a corpo, e à medida que progredimos na campanha, ganhamos a acesso a armas para combates próximos, como a bola de ferro com espinhos Mangual, que causa dano massivo e é excelente para vencer mais rapidamente inimigos com alta resistência. No fim da campanha, desbloqueamos uma arma específica especialmente poderosa para lutas corpo a corpo, mas ela precisa ser usada estrategicamente, pois seu tempo de recarga é altíssimo e só podemos dar um único golpe por vez.

O único ponto realmente fraco da gameplay é a grande repetitividade de objetivos e inimigos ao longo da campanha, especialmente a partir da segunda metade, quando praticamente todas as variações de demônios já foram apresentadas. The Dark Ages obviamente é capaz de prender com sua excelente jogabilidade, mas alçaria voos ainda mais altos se tivesse uma variedade maior.

Lute como um robô e voe sobre um dragão

o robô atlan oferece uma abordagem diferente em capítulos pontuais de DOOM: THE DARK ages

Além do escudo, as grandes novidades, e certamente as que mais chamam a atenção em The Dark Ages, são o robô Atlan e o dragão Serrat, que proporcionam missões com uma abordagem completamente distinta do padrão que conhecemos de Doom. No controle de Atlan, por exemplo, derrubamos grandes construções como se elas fossem feitas de açúcar, mas a parte mais legal disso tudo é, sem dúvidas, protagonizar lutas de típicas de mechas com demônios gigantes. As lutas em si divertem, mas são pouco variadas entre si, com golpes simples, esquivas ou bloqueios básicos e ataques de finalização.

As missões com Atlan também são as mais curtas do jogo e não oferecem qualquer possibilidade de exploração ou descoberta de segredos, e mesmo sendo uma das principais novidades do jogo brilham bem menos do que poderiam, prejudicadas especialmente pela repetitividade. Felizmente, o robô é usado numa parte pequena da campanha, o que permite que as sessões com ele tragam alguma variedade em relação às missões clássicas com Slayer sem se tornarem cansativas.

No caso de Serrat, as missões com o dragão oferecem bem mais possibilidades de exploração e exigem que dominemos a esquiva para destruir maquinários específicos que efetuam disparos poderosos contra o jogador. Porém, o que poderia oferecer uma excelente dinâmica e variedade nas missões também peca pela repetitividade de objetivos e abordagens, e por isso jogar com Serrat oferece muito menos versatilidade em termos de mecânicas do que as missões convencionais do jogo.

No fim, jogar tanto com Serrat quanto com Atlan é bastante divertido no começo, mas Doom: The Dark Ages não oferece nem ao robô nem ao dragão um leque maior de possibilidades em termos de gameplay, um contraste evidente em relação ao que é controlar Slayer e usar as mecânicas de todas as armas que ele tem à disposição. Atlan e Serrat trazem variedade para a campanha, mas as possibilidades com ambos ficam aquém do que poderiam. Talvez, num próximo jogo da série e com o time de desenvolvimento mais familiarizado, o dragão e o robô possam retornar com arsenal e objetivos mais diversificados.

o imponente dragão serrat é uma das grandes novidades de doom: the dark ages

Mundo com muitas recompensas (bem) escondidas

Em termos de exploração, cada mapa de Doom: The Dark Ages oferece uma enorme quantidade de segredos a serem explorados, pequenos quebra-cabeças a serem resolvidos e, mais importante, recompensas que valem a pena, pois resultam em melhorias efetivas em nosso arsenal, sejam nas armas, no escudo ou ferramentas de luta corpo a corpo.

Embora os objetivos principais do jogo resultem em missões bastante lineares e com quebra-cabeças simples, desvios de rota são fundamentais para coletarmos recompensas como ouro ou rubis, fundamentais para que nossas armas e escudos alcancem suas melhores versões.

Muitos mapas de The Dark Ages são verdadeiramente extensos e, no meio da ação incessante característica da campanha, é muito fácil deixar passar alguns locais despercebidos e deixar de coletar recompensas que se mostrarão importantes posteriormente. Eu mesmo deixei de coletar rubis e baús de ouro em várias missões e não consegui fazer todas as melhorias que gostaria em Slayer, e certamente algumas das lutas da reta final da campanha teriam sido mais fáceis caso eu tivesse conseguido explorar esses ambientes com mais calma. Ainda assim, coletar 100% dos itens dos mapas sem qualquer dica é realmente um grande desafio, mas felizmente o novo Doom é divertido o bastante para ser zerado mais de uma vez.

O elo fraco da campanha

HISTÓRIA DE DOOM NÃO EMPOLGA EM NENHUM MOMENTO

A iD Sofware tem investido cada vez mais na história de Doom, mas nenhum outro jogo da franquia mostra um foco tão grande na construção de uma narrativa coesa quando The Dark Ages. No entanto, o que poderia ser um grande acerto, mostrando as origens da “era sombria” e sendo uma prequela do Doom de 2016, acaba resultando numa campanha vale muito mais a pena pela ação intensa das missões do que pela narrativa distante, pouco inspirada e repleta de personagens unidimensionais.

O jogo apresenta o Doom Slayer sendo transportado para Argent D’Nur e mostra o começo da integração do personagem com os Argent, povo que forma o exército conhecido como Sentinelas da Noite e que está em guerra com os demônios. O jogo marca o começo de um “arco medieval” de histórias envolvendo Slayer e parece ser um elo de ligação entre os jogos dos anos 90 e o reboot de 2016, tendo como maior antagonista o líder dos demônios na era sombria, o príncipe Ahzrak.

A essa altura, Slayer já é um lenda temida por todos os demônios, devido aos seus feitos impressionantes e fama de eliminá-los impiedosamente. Sem revelar grandes spoilers, porém, posso dizer que o protagonista não tem total controle de si no começo da campanha, embora seu ódio por demônios e objetivo inabalável de aniquilá-los permaneçam intactos.

Os Argent são liderados pelo Rei Novik e sua filha, Comandante Thira, que ao lado de Slayer buscam exterminar os demônios e derrotar Ahzrak. Slayer, mais uma vez, é visto como peça fundamental nessa guerra, mas o que poderia dar origem a uma trama interessante resulta em uma história que não empolga em nenhum momento.

Slayer, como sempre, é apenas uma máquina de matar sem real motivação própria ou personalidade, e até mesmo as reviravoltas e traições que acontecem na trama são decepcionantes. A iD Software até parece ter tentado criar uma trama grandiosa para The Dark Ages, mas o que realmente prenderá os jogadores do começo ao da campanha será, mais uma vez, sua ótima gameplay, arsenal variado e mapas repleto de segredos, que resultam em recompensas com impacto real na progressão dos jogadores.

Embora não ofereça uma campanha do mesmo nível de Doom: Eternal, Doom: The Dark Ages é mais um acerto da iD Software desde o reboot lançado em 2016. Impulsionado por novidades muito bem-vindas à franquia, como o combate com mechas e a possibilidade de voar e lutar controlando um dragão, o novo capítulo da série é um título obrigatório para fãs de FPS e jogos de ação em geral. Com uma enorme variedade de armas que mudam completamente o combate, inimigos com mecânicas bastante distintas entre si e mapas com muitos segredos a serem explorados, Doom: The Dark Ages diverte do começo ao fim. Contudo, a aposta em mergulhar excessivamente em uma história desinteressante e com personagens unidimensionais mostra um foco exagerado em um aspecto que nunca foi o ponto forte da franquia. Ainda assim, The Dark Ages parece ser o embrião de uma nova fase de Doom e se destaca como um dos melhores FPSs da nova geração.

Créditos Autor: Gabriel Sales
Créditos Imagens: Reprodução Internet
Tags: doom-the-dark-ages-brilha-com-acao-intensa-do-comeco-ao-fim-mas-nao-e-o-melhor-jogo-da-franquia

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