Você consegue imaginar ser um ratinho com poderes mágicos, explorando um mundo aberto inspirado no interior da Suécia, resolvendo quebra-cabeças e ajudando uma velha bruxa? Sob a liderança de Martin Sahlin, que se tornou uma sensação midiática há 15 anos quando apareceu nervoso e trêmulo na E3 para apresentar Unravel, nasce Hela. Esse jogo de aventura e exploração em mundo aberto segue a base cooperativa de Unravel Two (embora sem tantas limitações mecânicas) desponta como uma aposta indie das mais promissoras.
Em Hela, os jogadores assumem o papel de um familiar de uma bruxa: um ratinho corajoso que, graças a uma mochila mágica em forma de sapo, pode pular, planar, nadar, escalar e resolver quebra-cabeças usando o ambiente ao seu redor. A ideia de Sahlin (agora longe da EA) é expandir a cooperação de seu jogo anterior sem as restrições narrativas que aquela aventura de dois bonecos de barbante tinha, algo que o levou a experimentar uma estrutura não linear pensada para incentivar a exploração.
Embora possa ser jogado sozinho, a magia de Hela, como visto em uma apresentação a portas fechadas do Xbox, está em compartilhar a experiência. Seja no modo cooperativo local em tela dividida ou com até três amigos no modo multijogador, Sahlin quer que os jogadores vivenciem como o mundo se molda. Claro que se jogarmos sozinhos não teremos problemas em nos divertir. Uma das mecânicas mais interessantes é o sistema Shade, que permite criar cópias do personagem para resolvermos quebra-cabeças sozinhos, sem depender de outros jogadores.
Hela é um jogo que nos permite liberdade
Durante a apresentação, vários colegas da imprensa fizeram alusão ao estilo de “liberdade ilimitada” de Goat Simulator. E embora Hela não dependa desse humor, ele tem um coração muito doce e uma trilha sonora inspirada no violino que ouvimos no festival Midsommar da Suécia e que promete tocar nossas almas. O mundo completamente baseado em física foi projetado para brincar com o impossível: criar atalhos, resolver quebra-cabeças com soluções malucas e usar imaginação e dedução.
De fato, o já citado sapo que o ratinho carrega nas costas desempenha um papel tremendamente importante na aventura. Ele pode se inflar para que possamos planar pelo mapa, a língua nos ajuda a grudar em estruturas e escalar, além de nos balançar, podemos até segurar uma lebre em uma curiosa linha de línguas para viajar rapidamente pelo mapa e evitar perigos. Entretanto, é bom ficar atendo porque nem tudo no ambiente de Hela é amigável.
O mapa de mundo aberto, cujo tamanho ainda é desconhecido, se passa em uma simpática casa rural nas montanhas suecas, e podemos explorar tanto o interior, com diferentes níveis, estruturas e segredos, quanto o exterior. No entanto, também haverá animais que nos considerarão um lanche saboroso e, para isso, devemos colaborar com todos os tipos de estruturas e ideias possíveis, sempre usando o ambiente a nosso favor. E essa é a magia de Hela.
“Nosso jogo é seu para ser experimentado”, acrescentou Arvid Rongedal, designer de som do jogo, durante a apresentação do game, e isso fica evidente em cada quadro. “Acreditamos que o jogador é criativo”, complementa Rongedal. Por exemplo, podemos usar um pedaço de madeira como uma jangada e um parceiro planando com seu sapo como uma vela, e o jogo nos deixará fazer isso. Ou simplesmente explorar e até jogar futebol.
Mas Hela não é apenas um jogo bonito: ele também é cheio de histórias emocionantes. Uma das primeiras tarefas que o jogador recebe é ajudar Holger, um luthier idoso que quer preservar as memórias do verão que passou com sua neta. Esses tipos de missões, repletas de ternura e magia cotidiana, dão ao jogo uma narrativa única e emocionante.
Como mencionamos, Martin Sahlin não está mais na Electronic Arts, mas agora lidera a equipe da Windup Games, na Suécia, uma divisão da MY.GAMES. Um estúdio com força e ambição suficientes para diferenciar o mercado. Infelizmente, Hela ainda não possui uma data de lançamento definida, mas o que vimos até agora é ambicioso o suficiente para manter o jogo em nosso radar.
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Créditos Autor: Viny Mathias
Créditos Imagens: Reprodução Internet
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