Para que Vingadores: Doomsday atinja o mesmo impacto que Vingadores: Guerra Infinita, a Marvel pode repetir uma fórmula já consagrada: mostrar a história pelo ponto de vista do vilão.
Com Robert Downey Jr. assumindo o papel de Doutor Destino, o estúdio tem a chance perfeita de aplicar o mesmo plano narrativo que consagrou Thanos como o maior antagonista da saga anterior.
Thanos teve seu ponto de vista explorado em Guerra Infinita — e isso fez toda a diferença
Em Vingadores: Guerra Infinita, a Marvel reescreveu o vilão Thanos de forma mais crível e dramática. Diferente das motivações dos quadrinhos — em que desejava conquistar a Morte — o Thanos do MCU agia por convicção.
Após ver seu planeta, Titã, colapsar por conta da superpopulação, ele decidiu erradicar metade da vida do universo para evitar que o mesmo acontecesse com outros mundos.
Essa abordagem humanizou o vilão e deu profundidade à narrativa. O Titã Louco foi tratado como protagonista: teve 29 minutos de tempo em tela — mais do que qualquer herói — e suas motivações foram apresentadas com destaque. A estratégia funcionou tão bem que Thanos se tornou o antagonista mais elogiado do universo cinematográfico da Marvel até hoje.
Vingadores: Doomsday pode aplicar a mesma abordagem com Doutor Destino
Se a Marvel quiser repetir esse sucesso, faz sentido que Doutor Destino tenha papel central em Vingadores: Doomsday. Além de ser um vilão lendário, ele agora será vivido por Robert Downey Jr., um dos atores mais marcantes do MCU. Diante disso, é improvável que o estúdio o escale apenas para um papel coadjuvante.
Teorias apontam que o primeiro ato do filme pode focar totalmente no Destino, inclusive mostrando-o eliminando variantes de Thanos ou conselheiros do Conselho dos Kangs.
Isso consolidaria seu poder desde o início, assim como Thanos fez ao derrotar Loki e os asgardianos na abertura de Guerra Infinita.
Outro fator importante é a composição do elenco de Doomsday: heróis como os Vingadores, os Thunderbolts e o Quarteto Fantástico vêm de núcleos completamente diferentes.
Ter o Destino como figura central pode dar coesão à trama, funcionando como eixo narrativo — exatamente como Thanos serviu de ligação entre três frentes de batalha distintas em 2018.
Destino como protagonista traria benefícios para o futuro do MCU
Caso Doutor Destino seja o personagem principal de Vingadores: Doomsday, isso não só fortaleceria o filme como também pavimentaria o caminho para Vingadores: Guerras Secretas.
Nos quadrinhos, após o colapso do multiverso, Destino se torna governante de Battleworld — planeta fragmentado formado por pedaços de realidades diferentes.
Construir esse arco desde agora permitiria uma transição mais orgânica entre os dois filmes. Mostrar o Destino como alguém que deseja “salvar o multiverso” ao moldá-lo sob sua visão.
Ainda que com métodos extremos, criaria um paralelo com as motivações “nobres” de Thanos. Ele não seria apenas um tirano: seria um idealista, ainda que cruel.
Além disso, isso evitaria que Guerras Secretas precise apresentar tudo do zero. Doomsday serviria como base para compreender as ações de Destino no próximo longa, facilitando o desenvolvimento da trama e aprofundando sua complexidade como vilão.
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Fonte: Screen Rant
