Após meses de especulações sobre o hardware da nova geração do console híbrido da Nintendo, uma imagem publicada pelo perfil @Kurnalsalts revelou, pela primeira vez, o chip que alimenta o Nintendo Switch 2. A imagem mostra a inscrição T239, que corresponde ao já especulado SoC Tegra239, desenvolvido pela NVIDIA exclusivamente para o novo console.

Embora a foto não traga detalhes adicionais sobre o encapsulamento ou a estrutura interna, a identificação visual do chip ajuda a confirmar informações levantadas em vazamentos anteriores, inclusive no hack dos repositórios da NVIDIA ocorrido há cerca de três anos.

A imagem mostra também que Nintendo manteve a parceria com a NVIDIA, utilizando mais uma vez um processador customizado com arquitetura ARM e elementos das gerações Ampere e Ada Lovelace. Embora isso já tenha sido confirmado por declarações da própria NVIDIA de suporte ao DLSS.

Arquitetura e especificações do Tegra239

O Tegra239 é um SoC composto por oito núcleos Arm Cortex-A78C, operando entre 1.1 GHz e 1.5 GHz, com variações de frequência possivelmente ligadas ao uso do modo portátil ou ao modo com dock.

A GPU integrada combina tecnologias da linha Ampere com Ada Lovelace, incluindo 1536 núcleos CUDA, e suporte a recursos como DLSS (Deep Learning Super Sampling), Tensor Cores e Ray Tracing Cores dedicados.

Ainda segundo análises anteriores, o chip conta com uma interface de memória de 128 bits e utiliza LPDDR5, padrão moderno que oferece maior largura de banda e menor consumo energético, especialmente útil em dispositivos móveis como o Switch.

A presença do DLSS representa um salto significativo em relação à geração anterior, permitindo upscaling via IA com menor impacto de desempenho.

Essa tecnologia deve ser fundamental para alcançar resoluções 4K em modo dock, conforme apontado por testes preliminares e declarações da própria NVIDIA. Inclusive, Cyberpunk 2077 é o primeiro jogo confirmado a chegar com DLSS no Nintendo Switch 2.

Debate sobre processo de fabricação

Apesar da confirmação do modelo do chip, o processo de fabricação ainda gera discussões entre entusiastas e especialistas.

Em vídeos recentes, Richard Leadbetter, da Digital Foundry, reafirmou sua hipótese de que o Switch 2 utiliza litografia de 8 nm DUV da Samsung, o mesmo nó utilizado na linha RTX 30 da NVIDIA.

Por outro lado, parte da comunidade insiste na possibilidade de um nó de 5 nm EUV, mais moderno e eficiente, como aquele empregado em chips da geração Ada Lovelace.

A presença do SoC Tegra239, customizado e fabricado com exclusividade para a Nintendo, mostra que a fabricante japonesa continua apostando em soluções próprias para alcançar equilíbrio entre desempenho e eficiência energética em seu sistema portátil.

Com isso, o Switch 2 deve se posicionar como um console intermediário em termos de potência gráfica, mas capaz de oferecer melhorias visuais relevantes com suporte a tecnologias modernas como DLSS e Ray Tracing.

A expectativa agora gira em torno de benchmarks práticos e análises aprofundadas, que devem ser publicadas nas próximas semanas, especialmente após o lançamento oficial do console.

• Veja também: Switch 2 entrega visuais no nível do PS4 com melhorias, aponta Digital Foundry

A Digital Foundry, que já cobriu aspectos técnicos do dispositivo em alguns vídeos, muitos que cobrimos aqui no Adrenaline inclusive, e deve realizar uma investigação mais completa assim que o produto estiver disponível no mercado.

Via: TechPowerUp.

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