Times de esportes eletrônicos ainda caminham por estradas tortuosas para se tornarem relevantes e independentes das narrativas dos campeonatos que disputam. No Brasil, há organizações como a FURIA, que têm mirado em tópicos de entretenimento ou esporte tradicional, mas a divisão brasileira da empresa nascida na Holanda ainda mantém a estratégia inicial da área.
“Somos muito baseados em missões, então uma das razões pelas quais acho que conseguimos manter esse foco é porque todos na empresa estão trabalhando para a mesma missão, e a missão é muito centrada na criação de uma comunidade multigeracional dentro dos próprios esports”.
Lidando principalmente com Rainbow Six Siege e VALORANT para os fãs brasileiros, Brown comentou que, embora em ambos os casos os fãs sejam “extremamente passionais”, eles são interpretados pela organização como também os mais críticos.
“Eles nos dizem quando estamos indo bem e quando estamos indo mal, são muito vocais, muito verbais em sua linguagem conosco. Não temos o mesmo contato com os alemães, sabe, eles são um pouco mais calmos. E nosso público chinês, eles nem sequer batem palmas educadamente quando fazemos uma boa jogada. Eles não gritam, não berram, mas se alinham muito silenciosa e cuidadosamente para fazer a cabine.”
“Cada cultura é um pouco diferente e temos que contratar pessoas locais que estejam conectadas a essa cultura e que entendam esse fandom”, disse, referindo-se ao fato que a equipe de conteúdo brasileira “é muito mais conectada” com os jogadores.
Para Brown, no entanto, a organização irá para onde a audiência e a identificação estiverem e isso independente de qual plataforma for escolhida; embora exista uma maior fixação de empresas de esports com o X/Twitter para se comunicar com fãs, ela não acredita que é uma rede social “extremamente necessária” para a manutenção de torcidas.
“Então, na verdade, você quer entrar em plataformas em que o conteúdo de vídeo seja fácil de consumir, em que a comunidade possa examinar muito conteúdo de uma só vez, e isso não é necessariamente o Twitter.
Acho que você pode obter muito disso em muitas outras plataformas. Se você quiser um discurso longo, se quiser ter conversas reais, vá para o Reddit. Se você quiser um ótimo conteúdo, vá para o TikTok e o Instagram. Não acho que você precise do Twitter para ter sucesso, mas continuaremos lá enquanto os fãs estiverem lá.”
Atualmente, a Liquid conta com 28 times ativos em diferentes regiões do mundo e acumulou mais de US$ 54 milhões (R$ 304 milhões) em premiações desde 2016, colocando-a na posição de time com maior faturamento na atualidade.
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Créditos Autor: Maria Eduarda Cury
Créditos Imagens: Reprodução Internet
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